quinta-feira, 27 de março de 2008

Banda larga no celular

Quer banda larga? No celular? Mas eu quero dizer: banda larga de verdade? Mude-se para Tokyo, Japão, em 2009.

A maior operadora de celular do Japão está terminando os testes de sua nova rede de alta velocidade, baseada em LTE (Long Term Evolution - uma evolução do 3G e do HSDPA).

Os objetivos? Menos latência do que a obtida atualmente com a tecnologia 3G - e uma "humilde" capacidade de banda de 250 Mb/s para download e 75 Mb/s para upload. É, eu não digitei errado não. É "250" mesmo. É "75" mesmo. E é em Mbps (Megabits por segundo) mesmo.

Aqui temos um link para a notícia.

E você estava se achando antenado com seu link de 4 Mbps, hein? :P Eu já me considero na idade da pedra lascada, com a minha conexão de 600 Kbps.

terça-feira, 25 de março de 2008

Para filmar os seus pipocos:

Fizeram uma filmadora para ser presa à sua pistola! A engenhoca é pequena, traz 512 MB de capacidade de armazenamento, tira fotos de 3,2 Megapixels e filma a 30 quadros por segundo durante coisa de 50 minutos.

Tem também uma porta USB 1.1 (1.1? Não podia ser 2.0 não?) - então você pode facilmente baixar a carnificina para seu computador sem maiores problemas.

Basta pendurar o troço em sua pistola, e sair filmando/fotografando os seus alvos. Não tenho bem certeza se eu quero assistir este filme depois...

Levaram tudo! E sem pagar! :P

Mas tudo mesmo!

É, eu sei. Não tem nada a ver com TI - coloquem este post na categoria dos rants. :)

Alguém colocou um anúncio em um site (Craigslist) dizendo que o cidadão tinha sido forçado a deixar a região, e que seus bens estavam disponíveis para quem assim o desejasse.

É, é. "viu, gostou, levou". Claro, uma multidão apareceu, e levou tudo. Selas, cavalo, comedouro... tudo. Ele parou um dos carros, e se identificou pedindo sua propriedade de volta. Mas o motorista se recusou, mostrando o anúncio e dizendo que ele estava no direito dele!

Após chamar a polícia, e dar um monte de placas que ele anotou, as coisas começaram a ser devolvidas.

O impressionante é que as pessoas ACREDITARAM nisso! um anúncio safado, na Internet! O quão imbecil alguém precisa ser para levar este tipo de coisa a sério? Já imaginaram?

"Fulano morreu, sem deixar herdeiros. Seus bens estão disponíveis para quem quiser pegar - sem taxas. Interessados, por favor compareçam ao endereço..." fala sério...

A notícia original pode ser vista aqui.

segunda-feira, 24 de março de 2008

VMWare e a briga com o relógio parte II - A Missão

Antes mostrei como acertar o VMware para sincronizar o relógio da máquina. Agora vamos ver a situação de contorno para uma das excessões à solução anterior: processadores com clock variável.

Tudo acontece porque o servidor VMware conta os clocks da CPU, para se manter atualizado no tempo. Ele sabe qual é o clock da CPU quando inicia a máquina virtual - e esta usa a informação para controlar a passagem do tempo.

Mas... e quando o host possui uma CPU que abaixa o clock em situações de pouca carga? O que acontece? Daí vemos a cena clássica do "relógio movido a jato". Um relógio que marca três minutos a cada um passado não é incomum. Isso ocorre porque a máquina virtual não sabe (culpem o VMware nesta) que o host baixou o clock. Ela simplesmente passa a ver os ciclos passarem devagar demais - e acha que está perdendo eles (uma situação comum em sobrecarga). Para compensar isso o relógio é adiantado, recuperando os ticks "perdidos". Como eles não foram perdidos de fato... temos uma máquina virtual com um relógio apressadinho.

Existem duas maneiras de se resolver isso: a grosseira e a educadinha.

A grosseira: elimine a capacidade do host variar o clock. Entre no BIOS e desabilite as capacidades de seu processador. Nos AMD, por exemplo, isso significa desabilitar o "Cool and Quiet". Não é bonito, mas funciona.

A educadinha: Explique para seu servidor VMware que seu host possui um clock variável, e diga a ele qual o clock máximo da máquina. Para tal basta incluir as seguintes linhas no seu arquivo de configuração do VMware:

Para uma CPU com clock máximo de 2,2 GHz:

"host.cpukHz = 2200000
host.noTSC = TRUE
ptsc.noTSC = TRUE"

Para uma CPU com clock máximo de 3,0 GHz:

"host.cpukHz = 3000000
host.noTSC = TRUE
ptsc.noTSC = TRUE"


Ou seja: a frequência em KHz da CPU mais as duas linhas que indicam o modo a ser utilizado para se manter os clocks síncronos.

Agora você deve ser capaz de usar o Cool and Quiet com seu VMware sem que suas máquinas virtuais entrem no túnel do tempo. :)

domingo, 23 de março de 2008

VMWare e a briga com o relógio

Quem usa o VMWare sabe: manter o relógio da máquina virtual em sincronia com o mundo real pode ser difícil. Em determinados casos, uma tarefa verdadeiramente dolorosa. Mas nada que um pouco de jeito não resolva - como mostrado a seguir:

Vamos precisar de:

1) Uma máquina VMWare (dã)
2) Uma máquina virtual hospedada (dã n. 2)
3) Se o seu hospedeiro for Linux, os fontes do kernel - bem como o ambiente de desenvolvimento em C. Se o seu VMWare levanta e funciona bem o bastante para o relógio das máquinas te incomodar... você já tem isso. :)
4) Se a máquina hospedada for Linux, irá precisar também do ambiente de desenvolvimento em C e dos fontes do kernel. Na verdade isso deve se aplicar também aos BSD e Solaris - mas estes eu nunca testei.
5) Montar a imagem .iso que contém o programa a ser instalado na máquina virtual. No Linux elas ficam em "/usr/lib/vmware/isoimages". Não uso Windows como host para máquinas VMWare - então não sei dizer onde isso fica nele. Mãos à obra.


Como a coisa é feita:

Para Linux:
1) Instale e configure a máquina virtual - da mesma forma que faria com um sistema comum.
2) Crie, no painel de gerenciamento de dispositivos de hardware do VMWare, uma unidade de CD. Diga que irá utilizar uma imagem ISO, e leve o sistema pela mão até ela. As imagens ficam localizadas em "/usr/lib/vmware/isoimages", lembra? Escolha a imagem aproprieada ao Linux, e pronto.
3) Agora inicie o Linux novamente. Eu deixo esta unidade de CD permanentemente montada, para simplificar minha vida em caso de upgrade do servidor VMware. A linha para tal, em seu fstab, é simples:

"/dev/hdb /mnt/vmiso auto defaults,ro 0 0"

"/dev/hdb" aponta para o seu dispositivo de CD. Altere para se adequar ao seu sistema.
"/mnt/vmiso" aponta para o ponto de montagem escolhido por você. É arbitrário, e é ali que o CD virtual será montado.
"auto" indica que a montagem é automática. Ou seja: durante o boot.
"defautls,ro" indica que utilizamos as opções padrão, e que é apenas leitura (ro).
"0 0" indica que não será testado o sistema de arquivos em tempo algum. Nem em número de boots nem em caso de falta de luz. Testar para que? É apenas leitura. :)

4) Neste ponto de montagem veremos dois arquivos: VMware-Tools-XXXXXXX.i386.rpm e
VMware-Tools-XXXXXXX.tar.gz. São eles que instalam os módulos extras, para que sua máquina virtual possa usufruir de alguns benefícios básicos: relógio acertado, desligamento automático caso o hospedeiro seja desligado... amenidades no gênero. E, como todas as amenidades, muito desejadas. :)
5) Escolha seu arquivo (só instalamos um deles). Se sua Distro for baseada em rpm, sua vida acaba de ficar mais fácil: "rpm -U " vai instalar ele bonitinho para você. Se a sua Distro for baseada em Slackware ou Debian... é tgz a sua escolha. Descompacte em algum lugar, e siga as instruções de instalação. Desculpe, sou usuário de OpenSuse - então para mim o caminho foi mais simples. :)
6) As perguntas serão todas simples. Após o término (e se o seu ambiente de compilação estiver OK), os módulos do VMware estarão instalados. Atenção: no início do processo a rede é derrubada - então NÃO TENTE ESTA ATUALIZAÇÃO VIA SSH. Você irá perder a conexão de rede, e não irá sequer iniciar o processo direito. Esta atualização tem que ser feita via o shell do próprio VMware. É, aquela janela mesma - comilona de banda e tudo. Desculpe, mas não tem outro jeito.
7) Ao terminar a configuração, é preciso reiniciar o serviço de rede. Pode-se simplesmente fazer um "/etc/init.d/network restart" ou então dar um boot na máquina virtual. Mas antes é bom se acertar o relógio para sincronia com o hospedeiro:
8) Para esta sincronia, existem duas maneiras. Se o seu cliente VMware possui uma interface gráfica, abra o programa "vmware-tollbox", e marque a opção de sincronia de horário com o host. Se foi este seu caso, acabou! Se não, siga para o passo 9).
9) Se o seu cliente NÃO possui uma interface gráfica... você pode editar na mão grande o arquivo de configuração. DESLIGUE a máquina virtual antes. aso contrário o arquivo será reescrito. O Arquivo fica junto com os dados da máquina virtual (existe um para cada uma). Seu nome é .vmx. Abra ele em um editor de textos comum (vi, mc, kate, emacs... à vontade), e edite a linha que diz "tools.syncTime = "FALSE"". Altere ela para "TRUE". Pronto! Seu host agora tem o relógio sincronizado com o VMware hospedeiro.


Para Windows:
1) Instale e configure a máquina virtual - da mesma forma que faria com um sistema comum.
2) No menu do shell VMware (aquele, onde aparece uma lista de máquinas virtuais), dê um clique com o botão direito na máquina virtual Windows, e mande instalar as ferramentas.
3) Na própria máquina virtual irá aparecer uma tela padrão, de instalação de software. Termine a instalação por ali e reinicie a máquina virtual.
4) Abra a janela das ferramentas do VMware (é aquele ícone azul, perto do relógio). Marque a opção para sincronizar o relógio com o host. Pronto! :)


Nota importante:

Esta sincronia do VMware não previne contra o relógio adiantar. O que ela faz é evitar que ele atrase. De um modo geral é só disso que precisamos - pois as máquinas virtuais costumam atrasar, e não adiantar. Existem excessões - uma delas notória - mas isso é matéria para outro post.

quinta-feira, 20 de março de 2008

DRM? Que DRM?

Parece que as coisas estão andando cada dia mais rápido. Me lembro do tempão que levou até quebrarem o CSS dos DVDs. Agora ninguém mais pensa nisso, e todos nós podemos assistir nossos DVDs (sejam eles originais ou... alternativos) no SO que bem entendermos.

Aí apareceram o HD-DVD e o Blu-Ray. Ambos com um sistema contra cópias supostamente pesadíssimo, e extremamente difícil (chegaram a dizer impossível) de se quebrar. *suspiro*. Será que a indústria de entretenimento nunca aprende?

A proteção AACS - usada por ambos - já foi quebrada tem algum tempo. O Blu-Ray sobreviveu um pouco mais, com seu sistema BD+, mas também foi vencido. Agora veio o que parece ser o tiro de misericórdia: uma empresa criou um software que realiza cópias de backup dos filmes. A novidade é que, no processo, remove a criptografia e o código de área!

Por mais que digam que os usuários compradores deste software o utilizarão apenas para uso pessoal... sabemos que não é verdade. Qualquer um que ande pelas ruas do Rio de Janeiro consegue ver a quantidade impressionante de filmes pirateados: parece que tem mais gente vendendo do que pessoas nas ruas!

E, claro, estes camelôs compram de alguém - ou vocês acham que milagrosamente todos eles conseguem a mesma cópia do mesmo filme ao mesmo tempo? Umas pessoas dizem que isso tudo vem da China. Outras dizem que é feito aqui mesmo. Eu, pessoalmente, não sei.

Mas de uma coisa tenho certeza: quem quer que esteja por trás disso vai correndinho comprar o programa. Tanto aqui no Brasil quanto em outros países. E aí eu quero só ver...

Vista SP1 à frente!

Eu ia dizer 'à vista", mas achei infame demais...

Finalmente, após muita reclamação e choradeira dos usuários, a Microsoft lançou o Vista SP1 - que promete resolver uma série de conhecidos problemas com seu mais recente SO.

Infelizmente problemas novos surgiram. Drivers catapultados para o limbo, pacotes de idiomas não mais disponíveis, e travamentos aleatórios. Felizmente na lista de Knowledge Base da Microsoft existe uma descrição de conhecidos problemas com o SP1. Verdade que afeta apenas alguns hardwares, mas não todos. o áudio AC97 é um deles. Controladores de áudio Creative Audigy também. Isso sem contar os controladores Intel. Todos estes itens - e outros tantos - podem ser conferidos na seção 5 do link da Knowledge Base.

Não sei não, mas parece que não é desta vez que a coisa se estabiliza.... Meu conselho, a todos os que podem escolher, é: fiquem com o XP ou Linux. O Vista ainda está longe de ser considerado apto à produção.

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