quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Headsets Bluetooth e o Brasil

A vida sem fios é melhor. Menos enrolação (literalmente), menos coisas para levar. Menos puxadas inesperadas ao prendermos o fio nas coisas, ou pessoas, na rua.

Mas comprar um headset bluetooth no Brasil é uma aventura. Faça o teste: tente comprar um. Mercado Livre não vale - você tem 90% de chance de pegar um vagabundo chinês, que é igual ao bom mas não funciona.

A Nokia lista (ou listava) diversos modelos no site brasileiro. Quase nenhum deles disponível para compra. Anuncia para que?

Samsung, Motorola e Sony têm (ou tiveram) modelos anunciados no site brasileiro. Mas vai tentar comprar...

A Philips é exceção. Consegui comprar um headset bluetooth, estéreo. Modelo SHB6110, que veio para substituir meu finado Nokia BH-214. E é sobre o Philips que este post fala.

Primeiro, a parte boa:
Ele é leve, se colocado corretamente não incomoda, tem umas boas 12 horas de autonomia real e parece ser bem resistente - estou com ele tem uns 3 meses, e não mostra sinais de uso. Carrega via mini-USB, então não é difícil recarregar quando preciso. O visual é discreto, os botões são precisos e não chama atenção. Os leds indicativos são bons, e fornecem uma indicação simples de carga quando ligamos o aparelho. Não é a oitava maravilha, mas funciona.

Agora a parte ruim:
O microfone dele é uma tristeza. Não é que não pegue sua voz - ele pega. A sua voz. A do cara atrás de você, na frente, do lado, de quem está do outro lado da rua... e por aí vai. Nem sonhe em tentar manter uma conversa em um local mais barulhento que a roça. E não pense na roça à tardinha - porque os grilos e sapos não vão deixar você conversar.
A recepção dele é boa - se não houver outro sinal. Existem lugares no centro do Rio em que é, simplesmente, impossível usá-lo. O som falha mais do que funciona. É, eu sei. Nenhum rádio é imune a esses problemas. Verdade. Mas porque meu Nokia funcionava perfeitamente onde esse falha miseravelmente?
O alcance é bom o bastante para deixar o telefone na mesa, e... continuar sentado na cadeira. Nem pense em se afastar. Com 2 ou 3 metros a coisa pipoca. Com meu Nokia dava para se afastar uns bons 6 metros, antes de começarem os problemas.

O som é até razoável. Não é a oitava maravilha, mas funciona. O volume é médio. Não dá para exagerar na empolgação, que o aparelho pede arrego. Pelo menos os graves existem - apesar de não serem extremamente profundos. Os agudos tendem ao estridente se o volume subir muito.

Se estou satisfeito? Médio. É melhor do que ficar amarrado com fios. Se acho que a compra foi boa? Não. Foi menos ruim do que ficar sem fone, mas não foi boa não.

O que vou fazer a respeito? Estou vendo se trago um Sony MW600 lá de fora. Espero que seja melhor que este Philips, Se não for a coisa vai ser triste...

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