sábado, 5 de abril de 2008

O quão estúpido alguém pode ser?

Aparentemente a resposta é "até o infinito". O DHS (Department of Homeland Security, EUA) está estudando a instalação de um sistema para proteger os aviões comerciais de mísseis portáteis lançados por terroristas perto dos aeroportos.

Não vou entrar no mérito da questão de porque um terrorista gastaria esta quantia imensa em tecnologia - quando por muito menos ele poderia alvejar o avião com uma .50 antiaérea.

Não vou perguntar de onde tiraram esta idéia - já que não me lembro de algo assim já ter sido tentado antes. Lembrem-se: é o departamento de "Homeland Security". Estamos falando de aeroportos DENTRO do território norte-americano. Não de bases militares avançadas.

O mais legal de tudo - e aí sim reside a estupidez atroz da história toda - é COMO eles pretendem proteger os aviões.

Você, leitor arguto, deve ter pensado agora: "Ué, vao explodir a coisa em vôo, não?". Afinal de contas esta é a idéia de qualquer ser humano razoavelmente normal. Após o míssil ser lançado a única maneira razoável de se proteger um aeroporto é destruindo a ameaça. Quem dera que todos pensassem assim.

A Raytheon (alguém aí lembra dos radares do SIVAM?) apresentou a seguinte proposta: Diversas câmeras infravermelhas monitorariam a área do aeroporto. Elas detectariam o lançamento de um míssil, através do escape de gases do mesmo. Ao detectarem a ameaça direcionariam um raio de microondas intenso no alvo. A idéia não é explodir o alvo (!), mas sim destruir/prejudicar seu sistema de navegação.

Sim! É isso mesmo! Eles pretendem impedir que o avião seja atingido tornando o míssil descontrolado! Não é uma gracinha? Um sistema portátil destes tem, facilmente, uns 6 km de alcance total. Admitindo que o míssil simplesmente siga em linha razoavelmente reta... aonde ele iria parar? Isso depende da sua interpretação.

Uma linha reta de 3 km, se contada a partir da cabeceira da pista do Santos Dummont, deixaria uma parcela grande do centro do Rio (tipicamente composto por prédios de mais de 20 andares) exposta. Permitiria ao míssil atravessar a Baía de Guanabara, e atingir o campus da UFF em Niterói.

Se admitirmos uma linha reta de 6 km a coisa é MUITO pior. Não apenas praticamente todo o centro do Rio estaria exposto. Copacabana também - e o centro de Niterói, bem como o estádio Caio Martins, estariam na linha de tiro. Não é uma gracinha?

Isso admitindo um foguete com 3 ou 6 km de alcance. Obviamente quanto menor o alcance menor o risco. Com bastante sorte sobra apenas o aeroporto para ele acertar. Alguns aviões no chão, os depósitos de querosene de aviação, a sala de embarque, as filas da alfândega, o estacionamento para os viajantes... Coisa pouca - e não-inflamável, com certeza.

Um comentário:

Bremm disse...

(14:04:15) 4100: Moço, quilômetro é "km" é não "KM". Ou é Kelvin-Mega?
(14:04:40) Avatar: Ah, depois eu corrijo.
(14:04:46) Avatar: Se lhe agradar é Kelvin-Mega.
(14:04:50) Avatar: Tá bom assim? :D
(14:04:52) 4100: Vou postar nos comentários em 30s.
(14:05:01) Avatar: *suspiro*
(14:05:06) 4100: 10s
(14:05:17) Avatar: A rede está com 25% de perda
(14:05:20) Avatar: Dá um desconto
(14:05:30) Avatar: Demora até chegar lá
(14:05:39) 4100: Acabou o tempo. :-D
(14:05:45) Avatar: hauhauhau

Pesquise a Internet